out 25, 2014 AgroCeleiro Grãos, Noticias 0
À medida que a colheita avança, as lavouras mostram-se mais prejudicadas e o produto colhido apresenta baixa qualidade. Na última semana, as primeiras lavouras de trigo começaram a ser colhidas na região, e apresentaram produtividade regular e grãos com má formação. As lavouras de trigo estão sendo severamente prejudicadas pelos fenômenos climáticos, como as fortes chuvas registradas nos últimos meses, que causaram interrupções no plantio.
O produto colhido é de baixa qualidade, em alguns casos até mesmo sem valor, ou seja, fora do padrão de moagem. A qualidade dos grãos é calculada pelo Peso Hectolítrico (pH), que mede a acidez e alcalinidade dos grãos. Os que chegam a 78 passam para a produção de pão, biscoito, farinha, entre outros. Se o grão não atingir o pH 78, passa a ser de segunda linha.
Durante as etapas da produção, boa parte do ciclo da cultura vem sendo castigada, principalmente no estágio de floração. A Região Noroeste, uma das mais importantes no cultivo do trigo, possui um grande percentual de lavouras. Cerca de 40% apresentam problemas causados pelas chuvas em excesso e por doenças fúngicas de difícil controle, como brusone e giberela. Embora os produtores tenham realizado os controles e os tratamentos necessários de forma preventiva, a planta acabou perdendo em rendimento e qualidade.
Nos últimos anos, a colheita do trigo da região gerou em torno de 60 sacas por hectares. Neste ano o número caiu para cerca de 20 sacas por hectare. Em relação aos preços durante a safra de 2013, a saca chegou a ser vendida por R$ 50 em algumas cooperativas da região, e na safra deste ano o valor caiu bruscamente, chegando a R$ 23. Com todos esses fatores, grande parte dos produtores sofreram prejuízos, chegando a perder até R$ 600 por hectare.
Frustração
Na propriedade da família Buzatto, no distrito de Castelinho, em Frederico Westphalen, o produtor Ari Buzatto cultiva 40 hectares da cultura, que teve início na última semana. Para o produtor, os prejuízos geram em torno de R$ 600 por hectare. Segundo ele, a família fez tudo o que o técnico pediu. “Compramos sementes de qualidade, fizemos o tratamento contra a ferrugem e todos os procedimentos necessários, mas infelizmente neste ano a colheita não veio da forma esperada por causa das condições climáticas e das pragas. O prejuízo foi grande, e por infelicidade nossa a produção não foi financiada, e aí o prejuízo será maior ainda”, lamentou Buzatto.
Segundo o técnico agrícola Tomas Balzan, o trigo foi mais afetado na floração, devido às chuvas em excesso, que trouxeram doenças e acabaram deixando a planta sem qualidade”, explicou.
Outro fator importante na produção é o valor que está sendo pago pelo produto. Ele está bem abaixo do esperado, e a colheita registrada foi o dobro da colheita deste ano, segundo Balzan.
Fonte: Jornal Folha do Noroeste
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