jun 15, 2015 AgroCeleiro Artigos, Noticias 0
Para driblar os problemas enfrentados pelas empresas de pesquisa no Brasil a Embrapa tem formalizado parcerias com as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (OEPAs), potencializando a geração de resultados de forma mais rápida e eficiente. Um exemplo dessa parceria está no Rio Grande do Sul, onde a Embrapa Trigo e a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) trabalham juntas no desenvolvimento de cultivares de trigo.
O convênio de cooperação técnica entre a Embrapa Trigo e a Fepagro foi assinado em 2012, com meta de gerar as primeiras cultivares resultantes da parceria até o ano de 2025. De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Ricardo Lima de Castro, o convênio prevê a realização de 120 cruzamentos em campo por ano para trigo pão e outros 30 cruzamentos para trigo duplo propósito. Além da garantia da co-titularidade no lançamento de cultivares, o convênio permite agregar estrutura e recursos humanos das duas instituições. “A Fepagro está localizada em locais estratégicos onde a Embrapa sozinha não consegue chegar. A parceria permite conduzir ensaios a campo com a qualidade que a presença diária proporciona, contando com a excelência dos pesquisadores da Fepagro”, afirma Castro. Ele lembra que a diversidade na localização das unidades da Fepagro favorece a experimentação do trigo em climas variados, ampliando a adaptação das linhagens para o desenvolvimento de cultivares mais regionalizadas. O trabalho em parceria conta também com o pesquisador Eduardo Caierão, além do grupo de melhoramento e técnicos da Embrapa Trigo.
O programa de melhoramento de trigo da Fepagro é o mais antigo do país, com história que começou em 1919 e contou com grandes nomes da pesquisa com trigo como o geneticista Iwar Beckman, responsável pelo lançamento da cultivar Frontana, considerada um marco no melhoramento genético de trigo no Brasil. Atualmente, o trabalho com trigo está centralizado na Fepagro Nordeste, em Vacaria, RS, região considerada muito favorável ao cultivo do cereal, com clima seco e frio no inverno. A coordenação dos trabalhos é do pesquisador Rogério Ferreira Aires: “Acho natural essa aproximação entre a Fepagro e a Embrapa, tendo em vista os objetivos comuns, enquanto instituições públicas, e pelo fato de apresentarem características complementares. Enquanto a Embrapa possui uma atuação nacional a Fepagro possui grande capilaridade regional”. Para ele, o maior beneficiário desta união é o setor tritícola gaúcho.
Os experimentos com trigo também são desenvolvidos na Fepagro Noroeste (Santa Rosa, RS) e Fepagro Forrageiras (São Gabriel, RS), e contam com o apoio da Embrapa Pecuária Sul. Além do melhoramento, há mais de 25 anos Embrapa Trigo e Fepagro são organizadoras do Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo, principal documento orientador do produtor na escolha das sementes a cada nova safra. Na soja, é desenvolvido o projeto sucessão trigo/soja, com estudos de época de semeadura e ajuste regionalizado. Outras parcerias com a Embrapa são as redes de ensaio de milho, como o Ensaio Estadual de Híbridos de Milho, que tem a participação da Embrapa Clima Temperado e da Embrapa Milho e Sorgo.
Font: Grupo Cultivar
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