abr 27, 2015 AgroCeleiro Agricultura Familiar, Noticias 0
Impedir que plantas desapareçam é o principal objetivo da 3ª Mostra da Agrobiodiversidade Saberes e Sabores, realizada nesta sexta-feira (24/04), na Praça do Índio, em Tenente Portela, região Celeiro do Rio Grande do Sul. Antes de ser uma questão meramente ecológica, os organizadores da Mostra estão preocupados com a segurança alimentar. A iniciativa, de certo modo, atende ao pedido de fomentar a biodiversidade agrícola, feito pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Mais de 100 variedades foram identificadas e estão sendo cultivadas e preservadas por famílias, disse a supervisora microrregional da Emater/RS-Ascar, Rejane Gollo Fornari.
A humanidade, segundo a FAO, já teria perdido 75% da biodiversidade de plantas que um dia já foram cultivadas no planeta. Ainda segundo a FAO, a perda da biodiversidade representa grande impacto na capacidade da humanidade se alimentar no futuro. Parabéns às famílias que preservam suas culturas e tradições, parabéns às instituições e ao poder público pelo incentivo e fortalecimento desta iniciativa, concluiu Rejane.
A Mostra realizada em Tenente Portela é o resultado de um esforço coletivo de parte dos organizadores, Associação dos Agricultores Guardiões da Agrobiodiversidade de Tenente Portela (Agabio), Emater/RS-Ascar, Conselho de Missão Entre Povos Indígenas (Comin) e prefeitura.
A 3ª Mostra da Agrobiodiversidade também contou com a participação de diversas escolas do município, lideranças políticas e interessados pelo tema de diversas cidades gaúchas.
Muitos produtos foram trocados, outros, vendidos a preços simbólicos. As sementes crioulas deram um colorido especial à mostra, como o exótico milho tonicado, apresentado pela Associação dos Guardiões de Sementes de Ibarama, além de outras 12 variedades, como o milho ferro, bico de ouro, pururuca, colonial, colorido, entre outros.
Indígenas da etnia Kaingang e pequenos agricultores de Tenente Portela mostraram alimentos preservados por gerações. O café de batata-doce é uma receita transmitida pela avó da agricultora Nilse Balz da Rosa. O cheiro é de café, mas a matéria-prima é unicamente a batata-doce, cortada em pedaços e levada ao sol para desidratar. O processo de secagem termina no forno. Uma ou duas colheres do café de batata-doce misturadas a um litro de água quente resultam na bebida, que pode ser adicionada ao leite e adoçada com mel ou melado.
Da tradição Kaingang, dona Cacilda Sales, apresentou o pisé, receita feita com milho torrado em uma panela com brasa. A farinha chamada pisé pode ser adoçada ou não.
Também foram comercializados farinha e canjica de milho crioulo, pão de milho, pão de abóbora, cucas coloniais, bolachas e roscas caseiras, pão na cinza, frutas e verduras agroecológicas, pão de queijo e chás medicinais.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí
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