Cerca de cem agricultores gaúchos que estão sem receber pelo fornecimento de leite à empresa catarinense de laticínios Mondaí farão manifestação, na manhã desta terça-feira, visando receber a quantia atrasada. A partir das 10h, os agricultores e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul/CUT) estarão reunidos em frente à sede da empresa, na cidade catarinense de mesmo nome, para exigir o pagamento. Na mesma ocasião, a Fetraf espera uma resposta à contraproposta enviada pelos trabalhadores à Mondaí.
Inicialmente, a fábrica propôs pagar 10% dos valores até 20 de dezembro e o restante em dez dias após a retomada normal das atividades da empresa (que está em fase de recuperação judicial). A contraproposta dá conta do pagamento em cinco meses, com a primeira parcela a ser paga no dia 15 de novembro. Cada prestação corresponde a 20% do montante devido. As dívidas por agricultor vão de R$ 2 mil a R$ 20 mil.
A tentativa de negociação ocorre antes de uma possível ação judicial. Esse deve ser o caminho no que se refere às dívidas da Promilk, assim como a Mondaí, também investigada pela Operação Compen$ado, do Ministério Público do Rio Grande do Sul. No caso da Promilk, os produtores podem demorar a receber os valores, uma vez que devem entrar na lista de credores dos processos de recuperação judicial. Nesses casos, o processo de pagamento tende a ser mais lento.