set 24, 2014 leonardo Grãos, Noticias 0
As cotações de soja devem manter a tendência de baixa no mercado internacional, com um “alto volume de notícias negativas para os preços” neste momento. A avaliação foi feita nesta segunda-feira (22/9) por Olé Hansen, diretor de commodities do Saxo Bank, banco dinamarquês especializado em investimentos.
Em um encontro com jornalistas brasileiros na sede do banco em São Paulo, Hansen reforçou o cenário de pressão baixista sobre os grãos. De um modo geral, mencionou a expectativa de uma forte elevação da oferta e de recomposição dos estoques mundiais. “A recente alta de preços foi uma situação extrema e agora eles retornam para níveis mais regulares.”
Em Chicago, desde o último dia 10, a soja caiu de US$ 9,93 para US$ 9,38 por bushel, tomando por base o contrato novembro 2014. O milho saiu de US$ 3,45 para US$ 3,30 no período, tomando como referência o contrato dezembro de 2014.
No caso da soja, o executivo lembrou que os Estados Unidos estão iniciando a colheita do que deve ser uma grande safra (106,5 milhões de toneladas, segundo o USDA) e, na América do Sul, mesmo com os preços mais baixos, produtores mantêm suas intenções de plantio da oleaginosa.
“O foco do mercado está na América do Sul e nas intenções de plantio de soja e milho, no quanto será alocado de área para cada cultura baseado no desenvolvimento dos preços”, disse Hansen.
Pelo menos por enquanto, com base em dados de consultorias do setor privado, mais uma vez o produtor brasileiro deve aposta na soja na safra de verão. As projeções de área variam entre 31 e 32 milhões de hectares, com expectativas de produção entre 93 e 95 milhões de toneladas.
Em relação à demanda, Olé Hansen disse acreditar que a China seguirá aumentando suas compras, especialmente de soja em grão e farelo. No entanto, o crescimento da procura está mais lento que o da oferta, o que ajuda a manter os preços com pressão de baixa.
Diferente do que deve ocorrer com o milho, avalia o diretor do Saxo Bank. Segundo ele, a procura se mantém relativamente estável. “Os chineses estão comprando milho de produtores locais a preços mais altos que o do mercado internacional. No momento, eles não têm a intenção de importar”, destacou, comentando ainda que o país asiático tem rejeitado cargas do cereal em função de problemas relacionados a variedades transgênicas.
Ao mesmo tempo, a oferta está crescendo rapidamente. De acordo com o USDA, só os Estados Unidos devem colher mais de 360 milhões de toneladas do cereal. “Há muitas notícias negativas para os preços e fica difícil projetar um nível neste momento”, destacou.
O diretor de commodities do Saxo Bank disse acreditar que deve haver uma recuperação dos preços no longo prazo. Olé Hansen lembrou que a demanda por grãos deve se manter crescente e a oferta deve acompanhar.
“No curto e médio prazo deve haver mais volatilidade. Podemos ter um ano de preços mais baixos seguido de preços mais altos, mas quando se observa no longo prazo as projeções apontam para preços mais altos”, disse ele.
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Preço válido para o dia XX/XX/XXXX