jan 22, 2015 AgroCeleiro Grãos, Noticias 0
A realidade dos produtores gaúchos de trigo tem gerado manifestações sérias das entidades sindicais do setor.
Na tarde de ontem (19), representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) estiveram reunidos com o Ministério da Agricultura, em Brasília, para solicitar providências quanto ao alto custo da produção da lavoura, bem como em relação à falta de preço no mercado e dificuldades de estocamento.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Santo Ângelo, Oswaldino Lucca, a situação dos produtores do município e região não está tão séria quanto a apresentada pelos agricultores à Farsul, mas todos apoiam a medida, tento em vista as dificuldades encontradas nas últimas safras.
“Nós tivemos uma frustração grande também, mas o maior problema que temos é em relação à prorrogação das dívidas de investimento. Está faltando a liberação do Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária), que já deveria ter sido resolvida, mas o governo não está liberando. No entanto, o Proagro vinculado ao Banrisul já recebeu a liberação, mas os financiamentos ligados ao Banco do Brasil não tiveram nenhuma liberação até o momento”, explica.
MEDIDAS DRÁSTICAS
Muitos agricultores estão frustrados com a atual situação dos triticultores no Estado. Mobilizações estão sendo planejadas em todo o Rio Grande do Sul, com o objetivo de sensibilizar o governo para as dificuldades do setor.
A primeira grande manifestação está marcada para 7 de maio, em São Luiz Gonzaga, com a realização do 5º Grito da Terra. Participarão da mobilização cinco regionais sindicais.
De acordo com o produtor Aurélio Contri, da localidade de Rincão dos Mendes, a última safra de trigo foi decepcionante. Foram plantados, por ele, 20 hectares, dos quais foi possível colher 12 sacas por hectare, ao preço de R$ 13 a saca. “Tive que vender como triguilho, pois não atingiu o PH necessário”, conta.
Caso uma solução não seja encontrada em breve, os produtores estão acenando com uma medida drástica, como não plantar o trigo no próximo período de plantio da cultura. Aurélio afirma que apoia a ideia.
“Para o próximo plantio, se continuar com essa situação, não vou plantar. O custo é muito alto, temos que colher 45 sacas de trigo por hectare e vender ao valor de pelo menos R$ 30 para cobrir o custo da produção, mas o governo nem sequer garante um preço mínimo”, comenta. Ele ressalta ainda que esse é também um sentimento de todos os agricultores vizinhos de sua propriedade.
O presidente do STR Oswaldino Lucca afirma que essa é uma medida bastante drástica, mas uma discussão que vem sendo realizada pelos agricultores. “É uma medida bastante radical, porque não há possibilidade de plantar a cultura para ter prejuízo, sem garantia de preço, comercialização e armazenagem. Isso vai acabar tendo um fim lógico”, diz.
Fonte: Jornal das MIssões.
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