jan 12, 2018 Site Agroceleiro Grãos, Noticias 0
Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, além da menor rentabilidade com a cultura na última safra, a queda na área também está atrelada ao atraso na colheita da soja em algumas regiões brasileiras.
Apesar disso, o alto estoque de passagem deve manter elevada a disponibilidade interna do cereal. Em termos mundiais, a menor produtividade deve reduzir a oferta do cereal, enquanto as transações internacionais devem crescer, o que pode favorecer as exportações brasileiras.
De acordo com dados da Equipe de Custos do Cepea, houve aumento nas relações de troca de milho por alguns insumos nas principais regiões acompanhadas, devido, principalmente, às valorizações de fertilizantes e sementes em 2017. Atualmente, verifica-se atrasos nas compras de insumos para a segunda safra, indicando pouco interesse de produtores.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima forte redução de 9,6% na área e de 17,8% da oferta de verão frente à temporada anterior. Assim, a área semeada com milho na safra verão 2017/18 seria a menor de toda a série histórica da Conab, iniciada na temporada 1976/77. A produtividade média é projetada, por enquanto, em cerca de 5,05 t/ha e a produção, em 25,05 milhões de toneladas.
O consumo interno é estimado em 58,5 milhões de toneladas, aumento de 4,2% em relação à temporada anterior. A industrialização crescente do cereal, inclusive com novas iniciativas de produção de etanol, aliado ao pujante setor de produção de proteína animal criam a perspectiva de aumento do consumo interno.
Em termos de transações externas, o USDA espera redução de 6,9%, para 151,4 milhões de toneladas. Com menor oferta interna, muitos importadores precisarão elevar as compras externas. Por enquanto, o USDA estima aumento nas exportações do Brasil e da Argentina e redução nas dos Estados Unidos. Assim, o Brasil seria o segundo maior exportador da temporada, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Para a Argentina, principal concorrente regional das exportações brasileiras, as estimativas oficiais apontam aumento na produção de milho na temporada 2017/18, o que pode trazer maior concorrência com as exportações brasileiras em 2018.
Fonte: Cepea
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