abr 20, 2021 Site Agroceleiro Artigos, Grãos, Técnicas Agrícolas, Vida Rural 0
Tecnologia eliminaria uso de químicos
Duas agtechs adotaram lasers em conjunto com tecnologias como robótica e inteligência artificial (IA) para combater ervas daninhas de forma eficiente e “limpa”. Os objetivos são elevar a eficiência, reduzir custos e, ainda, livrar os agricultores desta que é uma das tarefas mais desagradáveis do setor.
A primeira startup é a estadunidense Carbon Robotics, empresa de robótica, que lançou, na semana passada, seu robô “capinador” de terceira geração.
“Depois ouvir os agricultores, construímos um robô autônomo que se auto-dirige e usa visão computacional para matar ervas daninhas com um laser de alta potência”, disse o fundador e CEO da startup, Paul Mikesell, ao site da AgFunders.
Um único robô pode remover ervas daninhas de até 6,5 hectares por dia, substituindo remoção manual de ervas daninhas, de acordo com a startup baseada em Seattle. Cada um pesa cerca de 4,5 toneladas e é do tamanho de um trator médio, usando um sistema hidráulico a diesel para energia.
Os robôs estão equipados com oito lasers de dióxido de carbono de 150 watts, capazes de cortar metal. Eles contam com tecnologia de visão computacional para identificar ervas daninhas e distingui-las das valiosas safras que os agricultores pretendem proteger.
Ser capaz de dispensar a aplicação de herbicidas torna o dispositivo um excelente candidato para fazendas que desejam adotar práticas regenerativas ou agricultura orgânica.
Outros benefícios seriam custos gerais mais baixos devido à redução da dependência do trabalho manual, menos insumos e melhores rendimentos devido a menos pressão de ervas daninhas.
Laser poderoso
Já o espanhol WeLaser é financiado pela União Europeia (EU) para uma “solução não química” no manejo de ervas daninhas “com base em tecnologia pioneira”. Para isso, um robô autônomo está sendo desenvolvido pela equipe da Universidade Politécnica de Madri.
O robô também será equipado com IA e visão inteligente para distinguir ervas daninhas de plantações. Em seguida, mata as ervas daninhas usando um laser “poderoso”.
“Esse sistema é composto por uma fonte de laser de alto desempenho, similar aos utilizado na área médica. O raio laser gerado é focado nos meristemas da planta por tempo suficiente para queimá-los e, em pouco tempo, também eliminá-los dessa maneira em qualquer tipo de cultura”, disse Pablo González de Santos, coordenador do projeto, à Innovations Origins.
Os meristemas são partes sensíveis das plantas que permitem seu crescimento. Consequentemente, focar o laser nesses pontos impedirá que as ervas daninhas se espalhem nas lavouras. Inicialmente, os focos serão beterraba sacarina, bem como no trigo e no milho.
“Será desenvolvido um scanner de precisão para que o feixe de laser acerte os meristemas. Com o uso de técnicas de inteligência artificial, ele identificará as plantas cultivadas a partir das ervas daninhas reais e, finalmente, a posição do meristema de cada erva daninha usando métodos de inteligência artificial ”, disse.
O robô que está sendo usado neste projeto foi originalmente desenvolvido pela empresa francesa Agreenculture. É denominado CEOL e projetado para funcionar de forma autônoma.
De acordo com a Agreenculture, seu sistema híbrido reduz o consumo de diesel de 3 a 5 vezes em comparação com um trator convencional. Equipado com esteiras e mais leve que um trator, o CEOL opera com maior frequência, mantendo a superfície do solo, economizando combustível e evitando sulcos.
O robô será capaz de identificar pelo menos 90% das ervas daninhas e meristemas, terá uma precisão de mais ou menos 1,5 mm na área para erradicar até 90% das plantas identificadas.
Fonte: Canal Rural
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