jun 27, 2017 Site Agroceleiro Cooperativas, Noticias 0
O Sistema de Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária Cresol Central SC/RS realizou o IV Fórum do Crédito Rural nos dias 21 e 22 de junho, em Chapecó (SC). Com a participação de representantes da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o evento reuniu cerca de 150 participantes entre diretores, coordenadores de crédito das cooperativas e parceiros do Sistema Cresol.
Para o aperfeiçoamento técnico e político dos participantes, o Fórum foi espaço de formação e informação sobre a atual conjuntura do crédito agrícola, as perspectivas e os desafios que circundam o tema. Foram discutidos ainda a operacionalização das linhas de crédito rural, os prazos e procedimentos para contratações das mesmas e as fontes de recursos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
De acordo com Etileiver Paludo, coordenador do Departamento de Fomento ao Negócio da Cresol Central SC/RS, o objetivo do Fórum foi avaliar a última safra e já iniciar e preparar a do ano seguinte. No evento, foram repassados os valores liberados pela Cresol Central nas linhas de crédito rural para os cooperados. Paludo explicou a importância do Pronaf para o Sistema Cresol. “Hoje, 98% do crédito da Cresol vem do Pronaf. O programa é fundamental para o Sistema que fomenta e desenvolve a área de atuação, utilizando os créditos de Investimento e Custeio para os nossos associados”, ressaltou.
José Carlos Zukowski, diretor substituto do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Subsecretaria de Agricultura Familiar (SAF), representou a Sead e apresentou as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo Federal para a agricultura familiar. “O Fórum mostra o crescimento do Sistema Cresol e sua importância na operação do Pronaf, para que a política seja cada vez mais efetiva no desenvolvimento da agricultura familiar”, disse.
Novo Plano Safra da Agricultura Familiar
A conjuntura do crédito agrícola e o Plano Safra 2017-2020 foram destaque no primeiro dia do Fórum. Zukowski apresentou os avanços obtidos neste novo programa. Não somente o valor global de recursos para financiamento foi assegurado em R$30 bilhões, mas também as fontes próprias do Pronaf foram ampliadas de R$26 bilhões para R$27 bilhões; os recursos de Pronaf do BNDES tiveram crescimento de 28,2% e o investimento equalizado cresceu 8,2%. “Além disso, a participação do Pronaf na exigibilidade dos depósitos à vista passou de 10% para 20%, o que é muito importante pois essa fonte não tem custos para o Governo, tornando o Programa mais barato e com maior sustentabilidade financeira”, explica Zukowski.
As taxas de juros do Programa permanecem as menores do mercado, entre 2,5% e 5,5% a.a. para operações de custeio e investimento e 0,5% para operações de microcrédito do Grupo B. “Foi amplamente reconhecida no Fórum a importância de o Governo ter garantido a taxa de 2,5% para a produção de alimentos básicos, agroecologia e investimentos em energia renovável, irrigação, infraestrutura e tecnologias ambientais”, complementou o representante da Sead no evento.
Para o Seguro da Agricultura Familiar (SEAF), além dos R$10 bilhões disponibilizados em valor segurado, diversos avanços importantes estão sendo feitos neste ano. O limite de renda líquida segurável aumentou para R$40 mil em lavouras permanentes e olerícolas e R$22 mil para as demais lavouras. Todas as culturas poderão ser seguráveis, o que viabiliza a inclusão de mais de 100 novas culturas. Além disso, foi desenvolvido um novo modelo de seguro para hortícolas, atendendo especificidades do ciclo de produção e possibilitando segurar uma cesta de culturas. A produção de frutas de clima temperado (como maçã, pêssego, nectarina e ameixa) terá redução da taxa de adesão ao seguro, de 6,5% para 3,5%, se o cultivo tiver estrutura de proteção contra granizo. Além disso, o agricultor terá o financiamento do Pronaf com taxa de 2,5% para instalação das telas de proteção.
O Diretor de Fomento a Negócios da Cresol Central SC/RS, Braulio Zatti, lembrou como era a agricultura familiar e propriedades rurais há pouco mais de 20 anos quando não existia Pronaf e nem Cresol. “Como plantávamos, colhíamos e vivíamos? Como eram as condições de vida?. Não é porque não tinha a tecnologia no Brasil. Ela existia. Só que ainda não tinha chegado até nós”, salientou. “Graças também as organizações sociais que tiveram papel importante para reivindicar isso e nós também que nos desafiamos a construir o Sistema de crédito Cresol para levar crédito a essas pessoas que não eram atendidas na época”, frisou. “O crédito sempre foi bom e sempre vai ser. Tivemos papel importante, estratégico, para mudar as milhares de vida dessas pessoas que se associaram na nossa Cooperativa. A vida no campo mudou bastante e esse é nosso desafio. Implantamos a tecnologia e ela ajudou essas pessoas a serem gente, mandar o filho estudar, ter um carro, um trator gabinado, uma colheitadeira gabinada, ter uma ordenhadeira, ou seja, esse é o trabalho que fizemos ao longo desses anos”, disse. “Somos parte do processo de transformação da vida dessas milhares de pessoas que estão ainda sobrevivendo na agricultura. Nos orgulhamos disso mas sabemos que precisamos nos desafiar ainda mais”, finalizou Zatti.
MDA
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