out 30, 2017 Site Agroceleiro Grãos, Noticias 0
Demandado por produtores de diversos estados brasileiros, curso capacitou agricultores na produção da bactéria Bacillus thuringiensis para o controle biológico de pragas.
Para a pesquisadora Rose Monnerat, que coordenou o curso, esse evento inicia um novo marco no controle biológico de pragas e comprova uma mudança de paradigma no Brasil, já que a demanda veio dos próprios produtores, que buscam formas alternativas de controle de pragas para reduzir o uso e a dependência de agrotóxicos.
As bactérias utilizadas no controle biológico de insetos são entomopatogênicas, o que significa que são específicas para controlar os insetos-alvo e inofensivas à saúde da população, animais e meio ambiente. Dentre elas, a mais conhecida é o Bt (Bacillus thuringiensis), usada há mais de quatro décadas em programas de controle biológico em todo o mundo, com o aval da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a recomenda até mesmo na água para consumo humano. O Bt é mais eficaz contra mosquitos transmissores de doenças e lagartas, mas existem muitas outras espécies de bactérias com potencial para controlar pragas que atacam culturas de importância para o agronegócio brasileiro, como soja, arroz e feijão, entre outras.
O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) aprova a produção dessas bactérias nas propriedades rurais. Mas, segundo Gleyciano, havia uma necessidade de agregar qualidade ao processo de produção on farm realizado nas fazendas. O curso da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia foi o primeiro no Brasil a capacitar os produtores na realização do controle de qualidade do material produzido, incluindo detecção de contaminantes, formas de multiplicação das bactérias, melhorar a qualidade da conservação dos microrganismos, entre outras técnicas.
Novo paradigma na agricultura brasileira
Para a pesquisadora Rose Monnerat, o curso comprova uma mudança de paradigma na agricultura brasileira. “A demanda pelo uso de práticas mais saudáveis está vindo do setor produtivo para a pesquisa”, ressalta. Segundo ela, as conclusões do curso serão apresentadas ao MAPA para aperfeiçoar as normas que regulamentam a produção de bactérias on farm.
A mudança de comportamento em relação aos agrotóxicos é resultado de uma série de fatores, como explicam os agricultores presentes ao curso, entre os quais destacam-se: a produção de alimentos mais saudáveis e a diminuição da dependência das multinacionais.
Esse é o primeiro de uma série de muitos cursos que a pesquisadora e sua equipe pretendem ministrar daqui para frente. “A busca por uma agricultura mais saudável é uma tendência em expansão no Brasil. Nós, como representantes da pesquisa pública, temos que incentivar essa realidade e unir forças com o setor produtivo para apoiar a ampliação de práticas sustentáveis, agregando conhecimento científico aos processos desenvolvidos pelos agricultores em suas propriedades rurais”, finaliza.
“Com o curso, a pesquisadora Rose Monnerat e sua equipe deixam um legado para a agricultura brasileira”, ressalta Gleyciano.
Embrapa
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