nov 10, 2014 AgroCeleiro Grãos, Noticias 0
Dez novas cultivares de cevada devem chegar ao mercado nos próximos dois anos por intermédio da Ambev, que detém 70% do mercado nacional de cerveja e fomenta o plantio do cereal, que ocupa cada vez mais espaço nas lavouras gaúchas.
As novas variedades deverão atender ao mercado da Argentina, do Uruguai e Rio Grande do Sul, estado onde a área plantada cresceu 25% em 2014, chegando a 55 mil hectares.
Segundo o diretor agroindustrial da Ambev, Marcelo Otto, as novas cultivares estão em fase de testes e devem chegar na ponta em dois anos. “Sempre temos de ter mais de uma variedade para que mantenhamos o blendvarietal equilibrado”, explica. “Nossa cerveja tem de ser a mesma sempre, seja aqui no Rio Grande do Sul, no Nordeste ou no Norte, e para isso temos de chegar a um malte dentro da especificação, que é a mesma para todas as nossas maltarias.”
A expectativa é de que, assim que forem disponibilizados, os materiais atendam inicialmente a um número pequeno de agricultores, avançando no segundo ano. Otto ressalta que, além de substituir as variedades antigas, que ficam mais suscetíveis a doenças, as novas variedades visam aumentar a produtividade.
A Ambev fomenta o cultivo financiando sementes e fertilizantes, numa relação de integração. E espera aumentar para 70 mil hectares a área do cereal no Estado em 2015 isso apesar de as chuvas do inverno terem frustrado as previsões para a atual safra.
Para o gerente e agrônomo da companhia, Dércio Oppelt, o problema ocorrido com o cereal é semelhante ao que o produtor enfrenta em outras culturas, como trigo, aveia e canola. “Ele sabe que é uma condição de clima”, afirma.
Tornar a cultura atrativa ao produtor faz parte dos planos de processar 100% de cevada nacional nas suas duas maltarias localizadas no Rio Grande do Sul uma em Passo Fundo e outra em Porto Alegre. Hoje, 20% da matéria-prima é importada da Argentina. A Ambev acredita ser possível chegar à totalidade de matéria-prima local em cinco a sete anos. Para isso, conta com um perfil bem definido de fornecedor.
“Não pegamos qualquer tipo de produtor, como fazem outras culturas”, explica Oppelt. Um dos requisitos é escolher bem a área, já que a cultura demanda características específicas. “Tem de ter um perfil de solo um pouco mais profundo e uma fertilidade boa”, explica o agrônomo. O próprio produtor tem de ter um perfil voltado ao uso de tecnologia. “Queremos uma cevada que sirva para a indústria malteira, mas que ele também tenha retorno econômico”, observa. “Se plantar de qualquer forma, ele não vai ter qualidade e não vai conseguir vender este produto à companhia.”
Acostumado à lavoura de cevada desde pequeno, Cristiano Pierdoná, de Passo Fundo, tem o perfil que a indústria busca para produzir em escala. Após alguns anos sem plantar o cereal “por falta de fomento e política muito ruim, ele retomou com força há quatro anos. Em 2014, a área plantada quase quadruplicou, passando de 220 para 800 hectares. “Acabamos nem plantando trigo”, afirma.
Fonte: Correio do Povo
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