abr 21, 2019 Site Agroceleiro Artigos, Noticias, Vida Rural 0
A experiência de mulheres trabalhadoras do campo mostra que é por meio do cooperativismo ou por associativismo que elas conseguem acessar recursos para produzir, serviços, oportunidades de emprego e de representação em conselhos com voz para decidir.
O potencial existente em cooperativas para a autonomia das mulheres rurais é destacado pela Comissão da ONU sobre a Situação da Mulher e pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI). “A riqueza gerada pelas cooperativas permanece na comunidade, criando postos de trabalho e atividades sustentáveis. As cooperativas são baseadas em valores que representam um modelo adequado para as mulheres construírem seu próprio futuro”, declarou Rodrigo Gouveia, diretor de Políticas da ACI.
No entanto, o papel das mulheres rurais na proteção e gerenciamento de recursos naturais, no desenvolvimento econômico da comunidade local e na participação mais efetiva nas cooperativas esbarra na dificuldade de conciliar as diferentes atividades que estão culturalmente sob responsabilidade feminina.
A principal atividade exercida por elas nas cooperativas é na área de crédito e financiamento. As associações em que trabalham comercializam, principalmente, soja, milho, trigo, feijão e o sorgo, seguido de carne de gado, caprinos, ovinos, suínos, mel, arroz, batata e mandioca. Apenas 4% das mulheres relataram que as cooperativas em que trabalhavam forneciam produtos para merenda escolar.
Mais de 70% delas disseram que dedicam entre uma e cinco horas para participar dos espaços de gestão da cooperativa. Cerca de 35% relataram que participam de alguma forma de comissão dentro da cooperativa, a maioria delas tem mais de 55 anos, e 20% atuam na direção da cooperativa e apenas 9% estão na diretoria financeira das associações.
As comissões com maior participação feminina tratam de terceira idade, informação, ajuda geral, clube de mães, gênero, juventude, gerenciamento, produção, comércio, financiamento, entre outros. Os pesquisadores constataram que a maioria das mulheres tem contato com a cooperativa por meio do marido.
De modo geral, a maior parte afirma que opina nas decisões da cooperativa, mas que sua opinião não é levada em conta, além de serem questionadas sobre sua formação. Em 35% das respostas, elas destacaram a falta de apoio, oportunidade, formação e informação como fatores que afetam essa participação.
A consultora da Secretaria de Agricultura Familiar e da campanha, Geise Mascarenhas, destaca que quantificar o tempo dedicado pelas mulheres ao trabalho não remunerado e o que isso representa no orçamento doméstico, pode contribuir avaliar essa contribuição no desenvolvimento da região.“Se não tivermos informação, deixamos na invisibilidade uma participação muito importante que as mulheres têm para a economia dos países”, comentou Geise.
Fonte: MAPA
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