set 10, 2018 Site Agroceleiro Mercado, Noticias, Pecuária Leite, Reclamações e Sugestões, Técnicas Agrícolas 0
A Avaliação aconteceu em um seminário na 9ª Feaagri Missões
Cenários lácteos
Dados do IBGE de 2016 apontam que entre os principais estados produtores de leite, o Rio Grande do Sul é o que apresenta maior produtividade de leite por vaca ao ano, somando uma média de 3.157 litros. Os grandes volumes de produtividade e de produção reforçam a importância da discussão dos cenários lácteos.
O cenário do mercado e o posicionamento das indústrias de leite foram apresentados pelo secretário executivo do Sindilat Darlan, Palharini. Quando questionado sobre a importância de agregar valor à produção, Palharini destacou que se tem opção das pequenas e médias empresas de laticínios, por exemplo, buscar oportunidades de nichos de mercado para o leite produzido, especialmente levando em conta a produção excedente existente no Estado. É preciso diversificar e buscar opções para agregação de valor ao produto e conquistar novos mercados, como queijos diferenciados, produção de alimentos orgânicos, leites especiais para pessoas alérgicas, entre outras oportunidades.
O secretário executivo do Sindilat também destacou que a produção com menor custo também é importante em um contexto de competitividade. A previsão é que em 2025, os três Estados do Sul devem chegar a 50% da produção de leite do país.
Perspectivas para o leite
Em sua explanação, Ries destacou a relação entre oferta e demanda e seus efeitos sobre a cadeia do leite. Em um mercado que é cíclico é preciso saber fazer a escolha do melhor momento para produzir mais e entender como ganhar dinheiro nos momentos de auge e nos de crise, afirmou.
Além disso, estariámos em um contexto favorável para a atividade leiteira, sendo que 37% da produção brasileira de leite é gaúcha. Entretanto, em questão de mercado é preciso levar em conta que temos apenas 14% da população. Produzimos mais do que consumimos, por isso da importância de discutir perspectivas de mercado. Ries destacou também o avanço de condições logísticas favoráveis para fazer negócio entre estados brasileiros e com diferentes países.
O Brasil está entre os cinco países que mais produzem leite no mundo, e a região sul é a maior produtora nacional. Nesta região, há presença da agricultura familiar que tem vocação para trabalhar com leite, fator que é muito importante. Em sua maioria, os produtores contam com condições favoráveis de clima e de solo, genética especializada, condição exportadora dos três Estados, capacidade industrial, aspectos produtivos e sanitários semelhantes, avalia Ries. Ainda existem, entretanto, diversos desafios para a exportação de leite como sanidade do rebanho, qualidade do leite, preços competitivos, taxa de câmbio, entre outros aspectos, que precisam ser considerados quando se tem a intenção de ampliar mercados.
Por outro lado, 19 mil famílias gaúchas deixaram a atividade leiteira, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar, entre 2015 e 2017. Enquanto Extensão Rural procuramos entender o que quem permaneceu está fazendo de diferente e, por isso, fizemos uma sistematização de experiências exitosas disponíveis em e-book e compartilhamos essas informações em nossas ações de assistência técnica. Gostar da atividade, fazer a gestão da propriedade, busca pela assistência técnica, investimentos criteriosos, otimização da produção de alimentos volumosos, produção com custos adequados, produzir leite em escala e com qualidade, respeitar o meio ambiente e a legislação ambiental, planejamento da sucessão familiar e fornecer condições adequadas aos animais em termos de sanidade e bem-estar estão entre os ingredientes da receita das famílias que têm sucesso na produção de leite.
Gestão da Propriedade
Na sequência, o agricultor Anderson Bless apresentou dados da gestão de sua propriedade leiteira, integrante do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e executado pela Emater/RS-Ascar.
Quando Anderson iniciou na atividade leiteira possuía apenas duas vacas. Entretanto, com busca de conhecimento e acesso ao crédito rural via Pronaf, investiu na melhoria do solo e qualificação da estrutura. Também se qualificou em um curso de inseminação artificial, buscou o melhoramento genético dos animais e investiu na ampliação gradativa do rebanho.
Atualmente a atividade leiteira é a principal renda da família, que possui um rebanho de 25 vacas da raça Jersey, em lactação, e outros 17 animais entre novilhas, terneiras e vacas secas.
A produção média diária é de 420 litros/dia, a partir de um sistema de produção semi-confinado. Para a alimentação dos animais, oito hectares são destinados para pastagens de inverno, cinco hectares para pastagem de verão, oito hectares para silagem, 1,5 há para feno de tifton e 4,8 quilos de ração por animal ao dia. Segundo o produtor percebeu uma média de produtividade de 3,5 litros de leite por quilo de ração disponibilizado.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Deise A. Froelich
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