O receio dos agricultores vem do aumento nos custos de produção verificados neste ano. A restrição de crédito agrícola pelos bancos também é um agravante. Somente em energia elétrica para irrigar a lavoura de arroz, o produtor rural Luiz Carlos Machado, 53 anos, está pagando uma conta 70% mais cara do que em 2014. Nos fertilizantes, a maioria cotados em dólar, a alta foi superior a 30%.
– O dólar segue subindo. Esse cenário, inevitavelmente, levará o produtor a reduzir o uso de tecnologia, o que não é recomendável do ponto de vista produtivo – avalia Tiago Sarmento Barata, diretor comercial do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).
Troca de colheitadeira adiada para o futuro
Em meio a máquinas de diferentes marcas e modelos expostas na 38ª Expointer, Machado procurava atentamente um produto específico: um rotor de colheitadeira para postergar a compra de uma nova.
Na tentativa de reduzir os custos das lavouras de soja e arroz, em Santo Antônio da Patrulha, o agricultor optou por investir em um equipamento mais barato em vez de fazer um grande investimento.
– Vou tentar melhorar o rendimento da minha colheitadeira antiga, dando maior velocidade e eficiência a ela. Mais do que isso não farei nesse momento – disse Machado, que cultiva 250 hectares no Litoral Norte.
Fonte: Emater