ago 04, 2017 Site Agroceleiro Artigos, Noticias 0
Pesquisadores brasileiros vão desenvolver métodos baseados em internet das coisas para gerenciamento inteligente de água em irrigação de precisão. A criação de uma plataforma de gerenciamento de água é o objetivo do projeto Smart Water Management Platform (SWAMP), aprovado na 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
A proposta, contemplada com recursos de 1,5 milhão de euros (cerca de 5,5 milhões de reais), concorreu com outras 50 submetidas por mais de 300 instituições ao Programa Horizonte 2020 (H 2020). Entre os objetivos está a implementação de um sistema de sensoriamento e controle baseado em internet das coisas (IoT na sigla em inglês) para gerir o uso da água em dois projetos-piloto nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, além de outros dois na Europa.
A abordagem do projeto é o desenvolvimento e avaliação de uma plataforma inteligente de irrigação à taxa variada (VRI), destinada a pivôs centrais e irrigação localizada, inicialmente na produção de soja e vinicultura, respectivamente.
A plataforma será integrada com ferramentas e aplicativos de gestão voltados para o uso racional da água. A proposta é fornecer aos agricultores um mapa diário dinâmico de recomendações levando em conta um conjunto de informações em tempo real do clima, solo, condições de cultivo, além dos níveis e qualidade dos sistemas de fornecimento e da distribuição de água no campo, todos obtidos pela plataforma.
O SWAMP é liderado pelo professor Carlos Alberto Kamienski, da Universidade Federal do ABC (UFABC), sediada em Santo André (SP), com a participação de 11 instituições. Entre elas estão a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana “Padre Sabóia de Medeiros” (FEI), a Embrapa, a Universidade de Bologna, na Itália, a Intercrop, da Espanha, e a VTT Technical Research Centre, da Finlândia.
Os pesquisadores Marcos Cezar Visoli, da Embrapa Informática Agropecuária (SP), André Torre Neto, Ednaldo José Ferreira e Luis Henrique Bassoi, da Embrapa Instrumentação (SP), integram a equipe. “Será uma excelente oportunidade para avançar no desenvolvimento e uso de plataformas baseadas em nuvem para armazenamento e oferta de serviços”, afirma Visoli.
Torre Neto ressalta a importância desse trabalho para a visibilidade e participação da pesquisa nacional no cenário mundial. “Participar do H 2020 possibilita ampliar a inserção da ciência brasileira no contexto internacional e, ao mesmo tempo, contribuir com o desenvolvimento do País, levando tecnologia de ponta para beneficiar a agricultura”, diz Torre Neto.
As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.
Fonte/Créditos: Globo Rural
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