jan 07, 2015 AgroCeleiro Artigos, Noticias 0
Uma aeronave não tripulada pode mudar a forma de se fazer agronegócio no Brasil ao possibilitar observação e reconhecimento territorial de forma contínua, dia e noite, e também a coleta ininterrupta de dados. O ScanEagle, é o Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) da Boeing com inovação e tecnologia de ponta e que pode ser um grande auxiliar do agronegócio brasileiro.
A receita encontrada pela Boeing para potencializar a chamada “agricultura de precisão” é a combinação dos VANTs com outras fontes de dados, obtidos, inclusive, por satélites de observação da Terra. Trata-se de um campo da ciência conhecido como sensoriamento remoto. E é nisso que apostam os pesquisadores da Boeing Pesquisa e Tecnologia Brasil (BR&T – Brasil).
Exceto no caso de dados coletados em laboratório, onde as condições são controladas, existem hoje basicamente três níveis de sensoriamento remoto para a coleta de dados das plantações: o de campo, quando se leva o equipamento para a área de interesse e ali os dados são coletados; o aéreo, em que os sensores que coletam os dados são embarcados em aeronaves tripuladas; e o orbital, no qual os sensores estão a bordo de satélites que orbitam a Terra a aproximadamente 700 km de altitude.
Contudo, todos esses níveis de sensoriamento remoto têm limitações. Os dados coletados em campo são muito precisos, mas envolvem um alto custo de operação e, em geral, limitam-se a cobrir áreas pequenas.
Por outro lado, os dados obtidos por sensores a bordo de satélites cobrem grandes áreas e de maneira sistemática, mas muitas vezes são limitados à passagem dos satélites quando o céu não está nublado, o que é um problema em regiões tropicais como o Brasil. O uso de aeronaves tripuladas pode ser uma solução, mas envolve um custo extremamente elevado de operação e, além de depender de condições meteorológicas favoráveis, também depende de técnicos extremamente especializados.
As vantagens dos VANTs em relação a outros sistemas com suas inúmeras vantagens para as aplicações de sensoriamento remoto na agricultura. Entre elas: a possibilidade de coletar dados a qualquer momento, sistematicamente, e em curtos intervalos de tempo; a capacidade de voar abaixo das nuvens e coletar dados mesmo em dias nublados; a facilidade de manuseio do equipamento; a gama de sensores que podem ser utilizados; e o custo de operação, que tende a diminuir à medida que a tecnologia se populariza.
É possível integrar inúmeros tipos de sensores, ou câmera, nos VANTs, desde uma câmera comercial mais simples, como aquelas geralmente utilizadas por atletas que praticam esportes radicais, até sensores mais complexos, com centenas de bandas espectrais que vão do visível até o infravermelho. A partir daí, literalmente, o céu é o limite: pode-se verificar quão sadia está a vegetação, se há falhas no plantio, se determinado trecho da área plantada está mais desenvolvido que outro, se o calor, humidade ou a luminosidade estão adequados para cada cultura agrícola, entre outras possibilidades.
O Próximo passo para o uso de VANTs no Brasil, entretanto, ainda não está regulamentado.
Fonte: MT Agora – Expresso MT /Parecis.net
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