jan 09, 2018 Site Agroceleiro Maquinários e Equipamentos, Noticias 0
Menos otimista que em 2017, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê alta de 3,7% das vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no mercado doméstico neste ano. Se a projeção se confirmar, o número deve chegar a 46 mil unidades. Em 2017, as vendas somaram 44,4 mil máquinas, 1,5% a mais que em 2016, mas 4,9% aquém da projeção inicial de 46,7 mil unidades.
Segundo Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, a frustração na expectativa de 2017 é resultado de menor renovação de maquinário e maior taxa de utilização das máquinas. “Para 2018, já temos um aprendizado do que aconteceu com o mercado”, disse em encontro com jornalistas, na sexta-feira.
A retração de 20,8% das vendas de colhedoras de cana em 2017 foi um dos motivos para o crescimento inferior ao projetado inicialmente. “Em 2016, houve uma alta taxa de renovação desse maquinário e isso desestimulou as vendas em 2017″, disse. Também houve retração de 5,3% nas vendas de retroescavadeiras. No sentido oposto, as vendas de tratores de rodas subiram 2,7% e as de colheitadeiras, 0,9%.
Se as vendas internas em 2017 desanimaram, as exportações de máquinas agrícolas foram motivo de comemoração. A Anfavea projeta que o Brasil venderá ao exterior 15,5 mil unidades em 2018, quase 10% mais que as 14,1 mil unidades de 2017, quando as vendas subiram 34,6%. A projeção inicial para 2017 era mais modesta, de 12,9 mil unidades.
Em 2017, segundo a vice-presidente da associação, as exportações foram puxadas pelas vendas para a Argentina e Estados Unidos, que cresceram 195% e 87%, respectivamente.
Com relação à produção do setor, a Anfavea prevê crescimento de 11,8%, para 61,5 mil unidades em 2018. No ano passado, foram produzidas 55 mil unidades, 1,8% mais que em 2016, mas 7,7% abaixo das 59,6 mil unidades projetadas.
A Anfavea também divulgou na sexta-feira os resultados de dezembro. As vendas recuaram 8,8% no mercado interno na comparação anual, para 3,8 mil unidades. As exportações cresceram 39,1% na mesma comparação, para 1,3 mil unidades. A produção, por sua vez, somou 2,7 mil unidades, retração de 52,1%, refletindo as férias coletivas dada pela indústria no mês passado.
Valor Econômico
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