dez 26, 2017 Site Agroceleiro Grãos, Noticias 0
Mesmo com redução da área plantada será um ano de oportunidades para o produtor, acredita o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari.
O Brasil deve produzir 92,2 milhões de toneladas de milho na safra 2017/2018. A mais recente estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra redução de 4,7% na produtividade em relação ao ciclo anterior. O principal motivo é a redução de área plantada: 9,2% em relação à última safra. São 528 mil hectares em que o produtor deixou de plantar milho por causa do atraso na semeadura da soja. No entanto, essa redução pode ajudar os preços ao longo do ano. É nisso que acredita o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari. “Será um ano de oportunidades e o produtor precisa estar atento para aproveitar este quadro”, diz.
Molinari considera três fatores importantes para essa valorização do milho até meados de 2018. O primeiro é a previsão de incidência de La Niña no sul do país e na Argentina. “O fenômeno pode sempre trazer uma variável especulativa para a safrinha e, com isso, uma condição de preço melhor”, explica. O ano eleitoral no Brasil também deve gerar volatilidade no câmbio e a tendência é que isso contribua com os preços. “Em um movimento de recuperação de preços na Bolsa de Chicago e com câmbio mais desvalorizado devido às eleições, próximo a R$ 4, os preços nos portos poderiam se aproximar de R$ 40”, afirma. Hoje, a saca de milho está sendo vendida por cerca de R$ 31,50.
Outra questão que afeta diretamente a lucratividade do produtor de milho brasileiro é a safra norte-americana. O consultor lembra que a área plantada nos Estados Unidos deve ser reduzida por causa dos estoques cheios e dos preços baixos. “Isso pode ajudar o mercado internacional e aquecer os preços de exportação”.
O produtor de milho está exportando mais em relação ao mesmo período do ano passado: até agora, foram vendidas mais de 25 milhões de toneladas, o equivalente a R$ 4 bilhões. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que está otimista em relação ao volume total vendido ao exterior em 2017. A expectativa é superar 30 milhões de toneladas do cereal.
Molinari lembra que é mais fácil vender milho do que soja, pois há muito mais compradores do cereal no mercado internacional. Hoje, o Brasil já exporta para 150 países e novos mercados estão se abrindo. Na opinião do consultor, para aumentar a lucratividade do produtor é preciso ajustar os custos com o transporte. “O que falta é reduzir o custo do frete que a commodity milho tem dificuldades em absorver”, afirma.
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