fev 25, 2015 AgroCeleiro Noticias, Pecuária Leite 0
A greve dos caminhoneiros que paralisa mais de 30 rodovias no estado já afeta o recolhimento de leite em diversos municípios gaúchos. Conforme relatos de agricultores da região noroeste, as empresas Italac, Nestlé, CCGL, Santa Mônica, Tirol, Confepar, CoperA1 e Perdigão não carregaram o produto no dia de ontem, em virtude dos bloqueios. Com isso, os produtores estão descartando o produto.
Esta é a situação do produtor José Alceu Chiógna, do município de Sede Nova, que vende cerca de 380 litros ao dia para a Italac. Há 3 dias sem recolhimento, ele está jogando fora parte do leite produzido e outra parte, usando como alimento para os suínos. O produtor tem cerca de R$ 14 mil a receber de empresas como Promilk e Latvida, o que apenas agrava a situação.
No interior de Humaitá, em Lajeado Curvo, também existem relatos de produtores que estão sendo obrigados a descartar o leite produzido. Outros produtores da região Noroeste vivem o mesmo drama.
A situação preocupa a Fetraf-RS. Para a coordenadora da entidade, Cleonice Back, este é mais um agravante que se soma à crise do leite. A direção da federação está acompanhando as mobilizações e aguarda posição do governo federal sobre o assunto.
Setor suinícola também é afetado
O setor de suínos do RS é outro segmento da economia gaúcha que está sendo prejudicado pelo movimento de paralisação dos transportes. Já existem unidades com abates suspensos pela falta de animais e problemas no abastecimento das granjas.
Na empresa JBS, em Três Passos, que abate suínos, o trabalhadores foram dispensados na manhã de terça-feira. A situação se deveu à falta de matéria-prima, já que diversos caminhões estão bloqueados em rodovias gaúchas. Na manhã desta quarta-feira, as atividades retornariam ao normal, conforme nota expedida pela empresa.
O embarque de produtos para atender compromissos de exportação também já foi afetado. “Isso representa o comprometimento de contratação de logística marítima e gera prejuízos de milhões de reais”, lamenta o diretor do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos, Rogério Kerber.
ABPA também aponta cenário delicado para avicultura e suinocultura
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, destacou que produtores de aves e suínos estão enfrentando dificuldades no abastecimento de insumos e liberação de cargas perecíveis em meio aos vários piquetes de caminhoneiros nas estradas em todo o País.
Turra disse que, desde sábado, tem recebido diversos relatos de produtores e agroindústrias do setor sobre os problemas causados pela paralisação. As manifestações e bloqueios de rodovias afetam regiões produtoras de aves e suínos, especialmente, nas regiões Sul e Sudeste. “As frentes sindicais que estão promovendo a greve precisam se sensibilizar quanto ao gravíssimo problema que podem gerar impedindo o transporte de cargas vivas, produtos perecíveis e insumos para as granjas. Animais podem morrer de fome e alimentos serão perdidos”, alertou.
Conforme o presidente da ABPA, empresas alertam que há paralisação em importantes estradas de escoamento de insumos e de produção de aves e suínos, como é o caso da BR 282 (Santa Catarina) e da BR 153 (Rio Grande do Sul). “Articulamos durante todo o fim de semana alternativas e soluções com os governadores e secretarias estaduais para diminuir os prejuízos aos produtores e às empresas. Estamos pleiteando ao poder público federal ações urgentes. A greve está penalizando a produção de alimentos e afetando a segurança alimentar do país”, enfatizou.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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